sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Peça premiada em cartaz no ETA/SP

Depois de ser premiada com "MELHOR ATOR" (Arce Correia), no Festival do RJ, a peça "Apareceu a Margarida" entra em cartaz no Estado de São Paulo.

Apareceu a Margarida, de Roberto Athayde com o Teatral Grupo de Risco, se apresenta no próximo dia 03 de setembro às 21h, no Teatro do ETA (Estudo de Treinamento Artístico), localizado à rua Major Diogo - 547 (travessa da av. Brig. Luiz Antônio).

A peça que conta com a direção de João Lima e Roma Román retrata em 90 minutos as complexidades e contradições de um ser humano representado por uma professora de biologia.

Sinopse

Dona Margarida e o retrato fiel de um ser humano com toda a sua complexidade e contradições. Uma professora que começa muito docemente a dar uma aula de biologia e no decorrer do percurso altera seu comportamento abruptamente, indo da doçura maternal, sedução e lascívia ao ápice da crueldade e violência psicológica. Com um comportamento ditatorial e opressor acaba por se estabelecer como o poder supremo e inquestionável diante dos alunos, exaltando a característica manipulável do ser humano. Suas atitudes são tão absurdas que ate lhe fará rir em algumas situações, mas muito cuidado, não se deixe enganar pelo nervosismo!

Crítica do autor à peça

Voltei do Mato Grosso do Sul enormemente impressionado com a mais recente montagem de Apareceu a Margarida no Brasil. Além de tratar-se de um excelente ator plenamente escolado por incontáveis números de platéia, Arce Correia fez uma escolha diretorial muito acertada, na pessoa deJoão Lima, que veio da Bahia especialmente para a referida produção. Eles criaram um espetáculo que esclarece a peça para a geração jovem, colocando-a no contexto político dos chamados ‘anos de chumbo’. A tirania da professora histérica sobre a platéia representando seus alunos transcende seu aspecto humorístico sem sacrificá-lo. Eles conseguiram realizar a peça fazendo jus ao subtítulo de ‘tragicomédia’: Arce está supremamente cômico mas encarna um misto de soldado com megera sem nunca deixar que a platéia se desligue da multiplicidade dos níveis de alusão contidos pela sua Margarida. É uma produção que merece ser vista em âmbito nacional: Arce Correia nos brinda em Campo Grande com a melhor Margarida em língua portuguesa desde Marília Pêra.

Fotos: Paula Bueno


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