terça-feira, 17 de setembro de 2019

Assista à comédia Conversa pra Mais de Metro!

A peça retrata a história de dois presidiários bastante distintos que passam oito anos dentro de uma mesma cela. O primeiro é um prisioneiro rústico e mundano, que depois de envolver-se num sequestro, acaba sendo preso e condenado. O segundo difere-se radicalmente do primeiro, sendo um criminoso de alto nível, ou seja, um político metido até o pescoço em corrupções. A disparidade social e cultural das personagens promove o riso e a crítica social.

A peça propõe uma reflexão sobre o atual panorama político do país e faz uma sátira do nosso sistema carcerário. O espetáculo se alicerça no trabalho do ator, lançando mão dos recursos de figurino, cenário, sonoplastia, utilizando estes apenas como complemento

Serviço:
Conversa pra Mais de Metro
Dias 21 e 22 de Setembro às 20h
Local: Teatral Grupo de Risco - Rua José Antônio, 2170
Entrada: R$ 20
Classificação: 12 anos
Realização: IT - Identidade Teatral


quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Apresentação Teatral

HOJE!!!! 29/08 às 12h na Praça Ari Coelho, "TEKOHA - Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno. O espetáculo está 10 anos em circulação levando o grito pela demarcação das terras indígenas. Cola, compartilhe, divulgue, participe, reaja, lute!

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

quarta-feira, 3 de julho de 2019

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Mostra Fulano Di Tal

Chegando junto à nossa 6ª Mostra FdT de Teatro, “Lápide Inconclusa em Quarta-feira de Cinzas” vem para falar de sentimentos. Pierrot e Josephine, personagens centrais da história, duelam entre si em busca de autoconhecimento e conhecimento do outro.

A montagem que segue o estilo rapsodomancia faz com que o público consiga ter experiências diferentes e viver um pouquinho da história também.

As apresentações irão acontecer do dia 20 ao dia 23 de junho, sempre às 20h, lá no Teatral Grupo de Risco - R. José Antônio, 2170, com entrada gratuita.
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Temos um encontro marcado né?
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#FulanoDiTal #16AnosEmCena#FOMTEATRO#6aMostra #Lápide #Teatro #ArtesCênicas #Cultura



segunda-feira, 20 de maio de 2019

quarta-feira, 8 de maio de 2019

1º FESTIVAL DE CENAS CURTAS DE CAMPO GRANDE

Onze espetáculos teatrais podem ser vistos gratuitamente neste final de semana. É o 1º Festival de Cenas Curtas de Campo Grande que acontece em três bairros da cidade: na Coophavila 2, Aero Rancho 3 e Jardim Brasil, na sede do Teatral Grupo de Risco. Uma diversidade de linguagens teatrais com a participação de novos talentos e de artistas com trabalhos reconhecidos pelo público.

O projeto é contemplado pelo edital do Programa Municipal de Fomento ao Teatro (FOMTEATRO) 2018. Foram escolhidos através de um edital, sete cenas com atores profissionais e três com iniciantes. Os trabalhos tem tema livre e duram entre 15 a 20 minutos.

Na quinta-feira, dia 09, as 19h30, acontecem três apresentações na Associação de Moradores da Coophavila: “Assalto”, com o grupo Os Homi do Teatro , “Um Pouco de Valentim” com Luciano Risalde e o “Casamento” com Anderson Lima.

Na sexta-feira, dia 10, as 19h30, o evento é na Associação de Moradores do Aero Rancho (setor 3). São quatro cenas: “Acontece” com grupo Esperneia,

“Depois que virei mãe” com Moira Junqueira, “Vozes” com grupo Adote e “O índio atirador de facas” com Circo do Mato,

No sábado, dia 11 de maio, também as 19h30, o Festival acontece na sede do Teatral Grupo de Risco. São quatro encenações: “Ontem à noite na beira do rio” com Vinícius Febraro de Oliveira, “Cacoetes” com grupo Catropa , “Auto manifesto” com o Núcleo Jair Damasceno e “Pochet show de Belmira” com Marcos Moura.

A atriz e jornalista Fernanda Kunzler, coordenadora do projeto, quer mobilizar os trabalhadores do teatro, a comunidade escolar e os moradores da periferia para participarem do projeto. “A ideia é que novos talentos possam ser descobertos e que os moradores dos bairros distantes tenham acesso às produções culturais”, afirma Kunzler.

Após as apresentações haverá uma roda de conversa entre os artistas e o público. A proposta é nos três dias do evento, promover a atividade teatral, a troca de experiências entre artistas, incentivar novas formas de dramaturgia e o habito de ver teatro.





Mais informações:

99241-6227- Fernanda Kunzler

99221-6057 – Lu Bigatão

terça-feira, 2 de abril de 2019

Carta de Salvador – XXII Encontro da RBTR, 2019



terça-feira, 2 de abril de 2019





Ditadura nunca mais!
A Rede Brasileira de Teatro de Rua - RBTR, criada em março de 2007, em Salvador/BA, é um espaço físico e virtual de organização horizontal, sem hierarquia, democrático e inclusivo. Todos os grupos de teatro, artistas-trabalhadoras e trabalhadores, pesquisadoras e pesquisadores envolvidas com o fazer artístico da rua, pertencentes à RBTR podem e devem ser suas articuladoras e seus articuladores para, assim, ampliar e capilarizar, cada vez mais, reflexões e pensamentos, com encontros, movimentos e ações em suas localidades.

O intercâmbio da RBTR ocorre de forma presencial e virtual, entretanto toda e qualquer deliberação é feita nos encontros presenciais, realizados, ao menos, uma vez ao ano, de forma rotativa de maneira a contemplar todas as regiões brasileiras, valorizando as necessidades mais urgentes do país. As articuladoras e os articuladores de todos os Estados, bem como os coletivos regionais, deverão se organizar para garantir a participação nos encontros, além da continuidade dos trabalhos iniciados nos Grupos de Trabalhos (GT´s), a saber: 1) Política e Ações estratégicas; 2) Pesquisa; 3) Colaboração artística; 4) Comunicação; 5) Gênero.

A Rede Brasileira de Teatro de Rua, reunida de 26 a 31 de março de 2019, na cidade de Salvador/BA, em seu XXII Encontro, com a presença de 125 articuladoras e articuladores de 16 estados brasileiros e do Distrito Federal, reafirma sua missão de lutar:

· Por um mundo socialmente justo e igualitário que respeite as diversidades;
· Por políticas públicas culturais com investimento direto do Estado por meio de fundos públicos de cultura, garantindo assim o direito à produção e ao acesso aos bens culturais a todas as brasileiras e brasileiros;
· Por políticas transversais que viabilizem o diálogo do Teatro de Rua com os campos da Educação, Saúde, Ação Social, Segurança e Direitos Humanos;
· Pelo livre uso dos espaços públicos abertos, garantindo a prática artística e respeitando as especificidades dos diversos segmentos das artes cênicas, em acordo com o artigo 5º da Constituição Brasileira e com o artigo 3º do Decreto-Lei Federal 4.657/1942; e
· Contribuir para o desenvolvimento das Artes Públicas, possibilitando as trocas de experiências artísticas e políticas entre as articuladoras e os articuladores da rede;

A RBTR expressa suas femenagens a:
∞ Selma Bustamante (in memorian), palhaça Kandura, fundadora do Grupo Baião de Dois, importante artista e arte/educadora, atuante nas cidades de São Paulo/SP e Manaus/AM, entre outros locais, ao longo de quase 40 anos de trajetória;
∞Tainã Andrade, artivista, Mestra de Teatro de Rua e Cultura Popular, fundadora do Grupo Teatral Filhos da Rua, idealizadora do Espaço Cultural Tupinambá e militante histórica do Movimento de Teatro de Rua da Bahia (MTR/BA), enaltecendo a sua história de luta e resistência. O concreto não apagará o seu legado!

A RBTR demarca o espaço de presença, ocupação e representatividade artística e política da população trans e travesti no decorrer do encontro e nas articulações, qualificando o debate do teatro de rua.

Demarcamos também a emergência e importância histórica de grupos de mulheres realizados nos Encontros nacionais da RBTR em Campo Grande, Presidente Prudente e Parelheiros e no Encontro Estadual de São Paulo, em Guarulhos, que possibilitaram debates interseccionais relacionados às questões raciais, étnicas e de classe, bem como a análise sobre as expressões e efeitos de masculinidades tóxicas. Estas composições se somaram e implicaram no primeiro GT de Gênero, realizado no Encontro da RBTR de Salvador, bem como na premissa deste debate como vital e fundante dos próximos encontros.

Nós, articuladoras e os articuladores da Rede Brasileira de Teatro de Rua, com o objetivo de construir políticas públicas culturais mais democráticas e inclusivas, defendemos:

· A criação de lei que fomente o Teatro de Grupo e que a mesma assegure a participação do teatro de rua e contemple: produção, circulação, formação, trabalho continuado, registro e memória, manutenção, pesquisa, intercâmbio, vivência, mostras e encontros de teatro, levando em consideração as especificidades de cada região (ex: custo amazônico);
· O debate e a criação junto ao poder público de marcos legais para a plena utilização dos espaços públicos abertos, com proteção e segurança, extinguindo todas e quaisquer cobranças de taxas, bem como a excessiva burocracia para as apresentações de artistas de rua;
· A ocupação de prédios passíveis de serem considerados de utilidade pública e que não cumprem sua função social, transformando-os em sedes de grupos que desenvolvam ações continuadas;
· Defendemos a representatividade do teatro de rua nos colegiados setoriais e conselhos das instâncias Municipais e Estaduais e a reativação dos conselhos que não tiveram continuidade nos últimos anos;
· A criação de uma legislação específica para a cultura, já que a Lei federal 8.666/93 não contempla as especificidades da área cultural;
· Que sejam incluídos dentro das Universidades, instituições de ensino e escolas técnicas, componentes curriculares e projetos de pesquisa e extensão referentes ao Teatro de Rua, às Culturas Populares Brasileiras e ao teatro da América Latina;

Denunciamos e repudiamos:
· O desmonte das políticas públicas de cultura em âmbito federal, como os editais da Funarte, entre eles o Myriam Muniz (teatro), Klaus Viana (dança), Carequinha (circo) e Artes Cênicas na Rua (circo, dança e teatro) e o programa Pontos de Cultura, que foram interrompidos em 2017.
· O fim das reuniões do Colegiado Setorial de Teatro, ligado ao Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), cujas reuniões deixaram de acontecer no ano de 2017.

Repudiamos:
· Toda e qualquer forma de opressão, perseguição e/ou repressão às artistas e aos artistas de rua e a proibição de apresentações artísticas em espaços públicos;
· Todo e qualquer ataque, por parte do poder público e/ou sociedade civil, contra sedes de coletivos e ocupações artístico-culturais.

Frente a um processo histórico, que prima pela higienização e pela criminalização dos movimentos sociais, a RBTR apoia e defende a luta do Movimento de Teatro de Rua da Bahia (MTR/BA), que reivindica o direito à ocupação cultural das cidades.

Conforme os acompanhamentos tirados em plenária, frutos do debate realizado no XXII Encontro da RBTR, com a participação do Professor Glaucio Machado Santos, vice-diretor da Escola de Teatro da UFBA, a RBTR e o MTR/BA defendem que o Teatro de Rua seja institucionalizado nos currículos dos cursos de Teatro da UFBA, de forma articulada aos projetos de pesquisa e extensão da citada universidade.

A RBTR acompanhará o diálogo do Movimento de Teatro de Rua da Bahia junto às instâncias do poder público do Estado a fim de reativar o grupo de trabalho para a regulamentação da Lei Estadual nº 8.638/2003, que autoriza a criação da Casa do Teatro de Rua da Bahia.
A RBTR e o MTR/BA reivindicam a abertura de debate acerca da elaboração da Lei Municipal de Artistas de Rua de Salvador.

A RBTR apoia e defende a luta do MTR/BA na formulação de políticas culturais na área do teatro e do patrimônio, compreendendo a importância do reconhecimento, por parte do poder público, do Teatro de Rua enquanto Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.
A RBTR considera fundamental a abertura da sede do Movimento de Teatro de Rua da Bahia para todes Artistas de Rua, independentes ou vinculades a coletivos.

O Teatro de Rua é um símbolo de resistência artística, comunicador e gerador de sentido, além de ser propositor de novas razões no uso dos espaços públicos abertos. Assim, reafirmamos o dia 27 de junho como dia nacional da Tomada do Brasil pelas Artes Públicas, em memória de Lua Barbosa, assassinada pela polícia militar neste mesmo dia do ano de 2014, em Presidente Prudente/SP. Tomaremos as cidades, ocuparemos seus espaços públicos, cantaremos pela arte, saúde e educação públicas, pelo direito à moradia e por um país que respeite a dimensão da convivência pública e pacífica.

Foi indicada em plenária final a cidade de Serra Talhada/PE, para o XXIII Encontro da RBTR, a ser realizado no primeiro semestre de 2020 e uma cidade na Região Metropolitana de Porto Alegre/RS para o XXIV Encontro, a ser realizado no segundo semestre de 2020 ou no primeiro semestre de 2021.
Por fim, reiterando, para que não haja dúvida: Ditadura nunca Mais!


31 de março de 2019
Salvador, Bahia, Rede Brasileira de Teatro de Rua

Fonte:

segunda-feira, 11 de março de 2019

"Gest-ações - A Dramaturgia do parto"

"Gest-ações - A Dramaturgia do parto" Ato II é uma experiência cênica que retrata o amor através da gestação e com opção estética pelo teatro contemporâneo e documental.

Na cena depoimentos de mães e pais que passaram pela experiência do parto, apresentando essas vozes dando-lhes o crédito e a oportunidade de rememorar até o momento do parto.

A encenação será um momento de regressão que se estenderá a todos que estiverem presentes, promovendo a transcendência, a catarse coletiva nos corpos que poderão sentir na pele o que está se experienciando.

A proposta está entre o teatro, a dança e a performance, um teatro híbrido de interação de linguagens, mas que evidencia o teatro como matéria, ou o instrumento para se dizer algo, comunicar para o inconsciente, algo comum a todos.

"Gest-ações - A Dramturgia do parto" Ato II, busca revelar as formas, cores e sons, as imagens, os movimentos, os efeitos e a poesia de um parto.


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Desvendar o barroco em Marcia Milhazes

Dias 8 e 9 de março


A oficina tem por objetivo começar a desvendar a complexidade do modo de compor da artista carioca Marcia Milhazes tomando como via de acesso o espetáculo mais recente da companhia que ela dirige, chamado “Guarde-me”, analisado pela ministrante desta oficina em tese de doutorado defendida em dezembro de 2018, no Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica. Trata-se de um convite para aprofundarmos um tema que se desdobra em diversos outros assuntos pertinentes ao campo da criação artística e cultural: uma pérola, joia barroca, pode nos dizer, se alinharmos a escuta, a respeito de lugar de fala, de América Latina, de complexidade e resiliência.

Sobre a ministrante: Luiza Rosa co-fundou o Conectivo Corpomancia, em 2008. Sua formação acadêmica é em Jornalismo (UFMS), tendo cursado mestrado e doutorado em Comunicação e Semiótica, na PUC de São Paulo.

Local: Teatral Grupo de Risco
Horário: 19h às 22h
Valor: R$ 50,00

domingo, 17 de fevereiro de 2019

A Corporeidade da voz

Uma investigação sobre a expressividade vocal.

O workshop propõe um breve experienciar das possibilidades expressivas na relação corpo-vóz. Pensar o percurso da produção de imagens e sentidos da fala. De onde, por onde e pra onde?

Ministrante: Arce Correia
Local: Teatral Grupo de Risco (Rua José Antônio, 2170. Campo Grande MS) 
Data: De 25 a 27 de fevereiro 2019
Horário: 18:00 às 22:00
Investimento: R$ 120,00
Aula avulsa: R$ 40,00
Público: Quem quiser e puder 
Informações: 011941277289
Inscrições: Enviar carta de intenção para atorarcecorreia@gmail.com 

Arce Correia é um artista sul-mato-grossense que estuda e se dedica a arte da cena há mais de 20 anos. Intérprete criador e inquieto, busca a pluralidade de atuação e formação no teatro, canto, dança, cinema, poesia e mais recentemente tem enveredado pelo vasto campo da escrita e composição músical. É membro do Teatral Grupo de Risco desde 1999 e em busca de aperfeiçoamento na formação e experiência se mudou para São Paulo em 2011, onde se formou na Escola de Arte Dramática ECA-USP e também cursou bacharelado e licenciatura em teatro pela Universidade Anhembi Morumbi. Atua e investiga a performatividade humorística desde o ano 2000 com sua personagem Maria Quitéria.

Artista que nasceu em Santa Cruz de la Sierra - Bolívia, Roma Román, vive no Brasil desde a década de 60 e se dedica às artes, mais especificamente ao teatro, desenvolvendo diversas atividades estruturais no feitio e manutenção do trabalho e formação do ator. Formada em psicologia pela UFMS aliou sua formação academia à arte tornando mais ampla a investigação do indivíduo e sua atuação em conjunto na sociedade. É membro do Teatral Grupo de Risco há mais de 25 anos desenvolvendo atividades de preparação de atores, direção e atuação. Seu papel dentro do grupo vai além do aparente direcionar cenas, ela rege silenciosamente as estruturas fundamentais do entendimento e desenvolvimento dos atores como coautores e criadores.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Setor cultural diz que é necessário entender que economia da cultura é lucrativa

Produtoras muitas vezes dependem de investimentos estatais, mas estudos mostram que impacto econômico frequentemente é vantajoso; Petrobras estuda cortar patrocínios

É preciso entender e informar que o investimento em cultura é lucrativo: essa foi a principal reação do setor cultural à notícia de que a Petrobras estuda romper contratosfirmados nos governos anteriores, principalmente com grandes grupos de teatro e cinema e com a imprensa profissional. A decisão final da empresa deve ser anunciada no próximo dia 12, quando ocorrerá nova reunião para decidir a dimensão das mudanças.

Via Twitter, o presidente Jair Bolsonaro disse que os incentivos em cultura não devem estar a cargo da petrolífera estatal. “Determinei a reavaliação dos contratos. O Estado tem maiores prioridades”, escreveu na rede social.

Para o sócio-diretor da consultoria JLeiva Cultura & Esporte, João Leiva, interromper os patrocínios seria "um erro histórico".

"Além do impacto positivo na produção e desenvolvimento do setor cultural, a empresa tem um excelente recall como patrocinador de cultura no Brasil", explica o consultor. Na Pesquisa JLeiva Cultura nas Capitais, de 2018, a empresa aparece em 3º lugar no ranking das marcas mais lembradas pela população no apoio à cultura. 

"É a única de fora do setor financeiro no top 5. E é a mais lembrada na cidade do Rio de Janeiro. Ou seja, o investimento não é feito a 'fundo perdido' (sem expectativa de retorno), pois é importante para o setor e eficiente para a construção da imagem da empresa", diz Leiva.

O consultor lembra que é comum entre empresas petrolíferas o apoio à cultura. "Os patrocínios da Petrobras (mencionados na reportagem) são de projetos de longo prazo, de grande impacto e relevância em diferentes áreas da cultura. São iniciativas extremamente reconhecidas, que contaram com a Petrobras em sua consolidação e, hoje, projetam uma imagem de excelência do Brasil e da empresa no exterior."

O diretor presidente da Associação Casa Azul, responsável pela produção da Festa Literária Internacional de Paraty, Mauro Munhoz, afirma que é necessário “entender que o investimento correto e estratégico em cultura tem impacto imediato na economia”.

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas, encomendado pelo Ministério da Cultura em 2018, mostrou que a 16.ª edição da Festa gerou um retorno econômico de R$ 47 milhões, além de R$ 4,7 milhões em impostos. O investimento público no mesmo evento, diretamente ou via Lei Rouanet, foi de apenas R$ 3 milhões, segundo o mesmo estudo. A Flip também foi responsável pela criação de 1,3 mil empregos, de forma direta ou indireta.


Em 2018, Flip teve um impacto de R$ 47 milhões com investimento estatal de R$ 3 milhões Foto: Felipe Rau/Estadão

Munhoz classificou a possibilidade de que a Petrobras, parceira da Flip ao longo dos anos, interromperia os patrocínios como “muito ruim”. “Evidente que o mundo da cultura tem uma série de prerrogativas, como conservar o patrimônio imaterial, construir identidades e a imagem do Brasil lá fora, etc. Mas se levar em conta só a questão tributária, a economia da cultura já é supervitária.”

A Flip participa do edital lançado no fim de 2018 pela petrolífera, que pretende apoiar com até R$ 10 milhões festivais culturais pelo País.

O escritor Joca Reiners Terron foi contemplado duas vezes pelo Petrobras Cultural de Criação Literária, em 2007 e 2012, e acredita que “dificilmente” teria escrito seus livros sem esse apoio. “Assim como dezenas de outros escritores que receberam o mesmo apoio também não teriam tido uma pausa em suas respectivas obrigações profissionais ligadas à sobrevivência econômica para escrever.”

Na quarta-feira, 6, alguns dos principais grupos patrocinados pela Petrobras, como A Companhia de Dança Deborah Colker, o grupo teatral Galpão, a Orquestra Petrobrás Sinfônica e o Grupo Corpo, disseram esperar não sofrer mudanças no patrocínio imediatamente, porque há contratos firmados até 2020.

O diretor executivo de Cia. Deborah Colker, João Elias, acredita que um dos motivos das mudanças programadas é resquício do período eleitoral. “Ainda não se desarmou o espírito de briga que polarizou a campanha do ano passado.”

Outro evento patrocinado pela empresa é o festival de cinema de animação Anima Mundi. Estudo da FGV encomendado pelo Ministério da Cultura em 2018 mostrou que, com um investimento de R$ 3 milhões, o Anima Mundi gerou impacto econômico total de R$ 26,9 milhões na economia do País.

A reportagem buscou outras produtoras culturais para comentar a possibilidade de que os patrocínios e incentivos da culturais sejam interrompidos. Algumas empresas preferiram não se manifestar, como a Time For Fun (produtora do Lollapalooza Brasil e de vários outros grandes shows e espetáculos ao longo do ano) e o Itaú Cultural (que nunca recebeu incentivos da Petrobras e já não utiliza a Lei Rouanet). A direção do Anima Mundi, festival de cinema de animação patrocinado pela petrolífera, não foi localizada.
FGV mede impacto dos patrocínios culturais

A Fundação Getulio Vargas apresentou no fim de 2018, no evento Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MicBR), o método utilizado para mensurar o impacto econômico de eventos culturais. Entre as variáveis analisadas pela Fundação, estão tributos gerados pelo investimento público, geração do empregos, potencial de expansão, número de turistas atraídos pelos eventos, e outras. O estudo mostrou que para cada real investido em eventos culturais selecionados pelo MinC (como a Flip, Anima Mundi, Carnaval, Game XP e outros) houve um retorno de R$ 13.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Inscrições para oficina sobre a linguagem do bufão estão abertas até domingo

O riso pode estar presente no medo, no caos, no horror, no humor, no grotesco, no sublime e na loucura. Para investigar e descobrir os mecanismos no riso e do cômico será ministrada em Campo Grande o curso "Linguagens do Bufão", ministrado pela atriz, diretora e pesquisadora Joice Aglae Brondani.


A oficina é uma ação do projeto "Bufões", da Cia. Transborda, contemplado com recursos do Fomteatro (Programa Municipal de Fomento ao Teatro), oriundos da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo).

Ela é voltada para atores e bailarinos com experiência e proporcionará aos integrantes investigar os mecanismos do riso em suas múltiplas facetas, trabalhar o corpo grotesco, desenvolver as linguagens utilizadas pelo bufão, descobrir uma nova possibilidade física e discurso na construção do corpo e da voz.

Durante a oficina os participantes serão conduzidos através de experiências físicas à busca da carnavalização, da alegoria, da chacota, do escárnio, da ironia, da festa, do humor, da histeria, do terror e da crueldade, pois, segundo a pesquisa de Joice, o riso tem sua faceta cruel quando direcionado à exposição de um alvo.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do email ciatransborda@hotmail.com até o dia 10 de fevereiro. Os interessados devem enviar um breve currículo com seus trabalhos e uma carta de intenção. A oficina será nos dias 14 e 15 de fevereiro, das 18h às 22h, e os alunos que forem fazer a oficina devem utilizar roupas confortáveis e maleáveis, como as para a prática de esportes ou dança.

Ministrante

Joice é atriz e diretora, formada em Direção Teatral pela UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), em 2000 e, desde então, desenvolve pesquisa acadêmica voltada para a comicidade.

Atualmente é pós-doutora pelos programas de pós-graduação em Artes Cênicas da UFBA (Universidade Federal da Bahia), e Artes da UFU (Universidade Federal de Uberlândia). Também é professora adjunta da Escola de Teatro da UFBA. Ela fundou a Cia Buffa de Teatro, onde é atriz e diretora e desenvolve pesquisa e trabalhos com a linguagem do bufão. Confira o currículo completo de Joice através do link.

Os métodos utilizados no curso são baseados em estudos da própria ministrante, desenvolvidos durante seus anos de formação em Máscara (clown, commedia dell’arte e bufão), com conceitos baseados em diversos autores, como George Minois, Léo Bassi, Dario Fo e George Balandier.

Cia. Transborda

A Cia. Transborda é uma companhia de pesquisa e criação teatral idealizada pela atriz Tauanne Gazoso, que busca criar conexões com outras linguagens da cena.

Durante a oficina será iniciado o processo de criação e montagem do espetáculo da companhia, que terá direção e dramaturgia de Joice Aglae e no elenco atuam a idealizadora do grupo, Tauanne Gazoso e Jorge de Barros (ator convidado). O espetáculo tem previsão de estrear no final do semestre.

Serviço - O Teatral Grupo de Risco fica na rua José Antônio, 2170, Jardim dos Estados. As inscrições são gratuitas.